A busca por alta qualidade e o agregar valor por produtos de origem animal estão cada dia mais presentes, embora o caminho não seja fácil, mas perfeitamente possível. Existem bons exemplos no setor que têm trabalhado para produzir um produto com maior valor agregado e que seja bem aceito pela maioria dos consumidores. A relação da indústria que começa com uma certificação dentro dos frigoríficos, a qualificação de pessoas etc. E paralelo a isso tem o trabalho com o pecuarista, buscando uma melhor remuneração, premiações, previsões de abates etc.
O livro comemorativo aos 10 Anos do Programa Carne Angus é uma boa fonte de informações para quem busca um pouco de história. O livro dos 35 anos do CAB (Certified Angus Beef – EUA) é também leitura de muita qualidade e conteúdo neste tema.
Relativo à qualidade final do produto, o desafio é que os produtores de carne com marca verdadeiramente respeitem os padrões técnicos, as especificações (de idade, raça, gordura, processo industrial etc.).
O que precisamos aprender hoje no Brasil é melhorar nosso marketing, a promoção e a informação sobre o nosso produto, e isso começa no ponto de venda. Temos que ter persistência nas ações e levar ao consumidor final a informação agregada.
Temos bons exemplos hoje com marcas de qualidade, como o frigorífico Silva que através de um trabalho consciencioso vem consolidando parcerias.
Não devemos esquecer que a qualidade do produto é soberana. Ela existe ou não. Somente marca e publicidades funcionam por muito pouco tempo.
Quem manda neste negócio é o consumidor disposto a pagar mais por carne diferenciada. Ele aceitará somente uma vez a frustração de comprar uma carne abaixo de suas expectativas. Este é um negócio para quem acredita em excelência. Quem não pratica excelência, fará só um passeio neste mercado.
