A Feira de Varejo Americana e suas novidades
17/02/2009

A Feira de Varejo Americana e suas novidades

A 98ª NRF SHOW EM NOVA YORK As informações a seguir são do Prof. Dr. Francisco Alvarez e do Prof. Marcos Carvalho, que representaram a equipe da Trade Marketing no evento que ocorreu nos dias 11 a 14 de janeiro em Nova York. O congresso de varejo promovido anualmente pela National Retail Federation (NRF) a federação de varejo americana e que está em seu 98º ano.Diferentemente de outros anos ocorreu em um clima de apreensão principalmente dos participantes americanos e europeus em razão dos resultados decepcionantes das vendas de dezembro e das perspectivas de mercado negativas para o ano de 2009. O congresso contou com representantes de mais de 30 países e teve mais de 150 palestras nos 4 dias, e a área de exposições contou com mais de 500 empresas apresentando seus produtos destinados principalmente à gestão do varejo e à interação com fornecedores e consumidores. As palestras tiveram participantes renomados como o atual CEO do Wall-Mart H. Lee Scott Jr. Que fez sua última palestra pública nessa função já que está se aposentando neste mês, dentre outros que apresentaram temas relevantes. Após quase 20 anos de crescimento constante e de valorização consistente das ações na Bolsa de Valores, os americanos viram a crise do crédito afugentar os consumidores que perderam o poder de se endividar nas compras e ao mesmo tempo o valor da empresa despencar na Bolsa e naturalmente isso causou uma certa paralisia. Vários ajustes começam a ser feitos e estima-se o fechamento de 76000 lojas no primeiro semestre de 2009, um número impressionante mas que deve ser visto com resalvas primeiramente de forma relativa ao tamanho do varejo americano e por fim tentando entender qual razão do fechamento das lojas. Os executivos americanos deixam claro que a gestão do varejo, principalmente das grandes redes, vinha sendo feito mais em função dos resultados das ações na bolsa do que propriamente dos resultados operacionais. O crescimento contínuo com a abertura de novas lojas foi muito valorizado no mercado de ações o que fez surgir novas lojas mesmo deficitárias. A partir do novo ambiente de mercado a gestão se voltou à operação e várias das lojas que serão fechadas, não deveriam sequer ter sido abertas. Algumas apresentações mais realistas apontaram também a necessidade de analisar a crise e a partir do entendimento do consumidor, verificar quais setores irão sofrer mais e quais irão sofrer menos ou eventualmente apenas não crescerão. Fica claro que os setores que dependem de crédito e cuja compra pode ser postergada serão mais afetados. Se espera também uma grande pressão sobre o mercado de alto luxo. Esta análise mais detalhada pode apresentar oportunidades como mencionou o CEO do Wall Mart que espera um grande crescimento no segmento de comidas congeladas e artigos de entretenimento para o lar, uma vez que se espera uma grande redução nas idas a restaurantes por exemplo. Inovações tecnológicas As inovações tecnológicas apresentadas este ano foram mais fruto de pequenas evoluções do que vinha sendo demonstrado nos anos anteriores do que propriamente algo totalmente inovador, As inovações estão basicamente concentradas de um lado nas áreas de gestão operacional e suply chain managemente e do outro nas interações com o consumidor e no Shopping Experience. Nas áreas de suplly chain e gestão operacional sente-se que os softwares já estão bem consolidados com uma ampla gama de opções. Já na área de shopping experience e interação com o consumidor, a tecnologia se concentra nas aplicações do RFID ( a etiqueta inteligente), das telas sensíveis a toque ( semelhante a tecnologia do iphone), das interações com os celulares por meio de etiquetas 2D ou uma nova etiqueta lançada pela Microsoft e que pode ser vista em detalhe no WWW.microsoft.com/tag, de imagens holográficas. O que chamou a atenção foi o aumento de empresas oferecendo soluções de contagem de tráfego tanto de entrada como de movimentação pela loja e de tempo gasto em cada área da loja, com as mais diversas tecnologias. É algo para ser observado. Principais temas abordados Esquecendo-se do problema da crise os temas que dominaram o evento e que foram mais relevantes foram concentrados nas áreas de : -SHOPPING EXPERIENCE -VAREJO MULTICANAL -VAREJO VERDE -CONTROLE OPERACIONAL E DE INVENTÁRIO -DESENVOLVIMENTO DA EQUIPE DE VENDAS Ranking dos varejistas Neste ano como é de costume a Deloitte Tohmatsu representada por seu diretor Ira Kalish juntamente com a Store Magazine apresentou as 250 maiores varejistas por faturamento em 2007. Seguem os Top Tem do setor. Rank. Empresa . Origem . Faturamento 2007 (US$ milhões) 1º Wal Mart Stores......EUA........374.526 2º Carrefour........França.............112.604 3º Tesco............Reino Unido......94.740 4º Metro..........Alemanha..........87.586 5º The Home Depot.....EUA.......77.349 6º The Kroger Co.........EUA.......70.235 7º Schwarz Unternehmens...Alemanha.......69.346 8º Target.........EUA..........63.367 9º Costco Whosale.........EUA......63.088 10º Aldi.............Alemanha..........58.487 Entre os 250 maiores varejistas do mundo apareceram somente dois brasileiros: O Grupo Pão de Açúcar que esta em 106º colocado ( em 2006 aparecia em 111º lugar) e continua a ocupar o 1º lugar na America Latina e Casas Bahia na 147º lugar (cresceu 11 posições em relação à 158º lugar em 2006). Já na lista dos 50 varejistas que mais crescem no mundo ( comparação feita entre os anos de 2002 a 2007) continua ( a exemplo o ano passado) aparecendo de origem brasileira somente as Casas Bahia em 24º lugar.