Após conflito, atacarejos se unem e criam nova associação
17/12/2014

Após conflito, atacarejos se unem e criam nova associação

A partir de 16/12, o atacado de autosserviço – também conhecido como atacarejo – terá uma associação: a Abaas (Associação Brasileira do Atacado de Autosserviço). A entidade nasce da união de nove redes – Assaí, Atacadão, Makro, MartMinas , Maxxi, Roldão, Spani, Tenda e Villeforte – que, juntos, devem faturar neste ano R$ 47 bilhões e empregam 70 mil funcionários em 400 lojas.
Ricardo Roldão, presidente da nova associação e do Roldão Atacadista, diz que a decisão de criar a entidade ocorreu porque o atacado de autosserviço tem demandas específicas que precisam ser negociadas tanto com a indústria quanto com o governo.
Uma delas, por exemplo, é a negociação com a indústria para impressão do código de barras nas caixas dos produtos. Essa, no entanto, não é uma demanda do atacado tradicional, pois ele não usa o PDV ou a caixa registradora com leitura ótica para registrar a saída dos produtos, explica Roldão.
Ele frisa que os atacarejos não saíram da Abad (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores). Mas neste ano a direção da Abad e os atacarejos se estranharam. O motivo do desentendimento foi a bandeira levantada pela direção da Abad de tornar obrigatória a identificação do comprador do atacarejo, com a inclusão do CPF na nota fiscal. Hoje, o atacarejo pode vender sem identificação e o atacado tradicional não. A falta de obrigatoriedade na identificação é vista pelo atacado tradicional como uma brecha que pode reduzir o seu faturamento. Procurada, a diretoria da Abad não comentou a questão