BNDES volta a favorecer grupo Marfrig
07/01/2014

BNDES volta a favorecer grupo Marfrig

Em meio às celebrações da virada do ano, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) selou um acordo para, mais uma vez, favorecer o grupo Marfrig.
Com uma dívida de quase R$ 6,7 bilhões e valendo R$ 2,1 bilhões na Bolsa, o Marfrig está numa situação financeira muito delicada.
O banco estatal aceitou adiar em um ano e meio o vencimento de uma debênture (título de dívida) de R$ 2,15 bilhões do grupo Marfrig – de junho de 2015 para janeiro de 2017. O frigorífico também terá seis meses a mais para pagar R$ 130 milhões em juros dessa dívida, que venciam em junho deste ano.
O BNDES concordou ainda em manter um dos pontos mais polêmicos da operação: a conversão das debêntures em ações, a um preço muito acima do mercado.
O acordo deve garantir algum fôlego financeiro ao frigorífico, que cresceu com a ajuda estatal, comprando concorrentes no exterior, e hoje não consegue administrar suas dívidas e é castigado pelos investidores.
De acordo com comunicado divulgado na sexta-feira (3/1), a operação com o BNDES vai permitir ao Marfrig obter um caixa positivo de R$ 100 milhões neste ano. Sem essa ajuda, "queimaria" mais R$ 150 milhões de caixa.
Enquanto isso , centenas de outras pequenas e médias empresas, esperam por um crédito do BNDS para poder produzir  e gerar mais empregos, e estes querem pagar seus empréstimos! E pelo jeito irão continuar aguardando!
O BNDS, que deveria pulverizar os recursos disponíveis, prefere concentrar e arriscar em três ou quatro grandes empresas como a do Eike Batista, Oi e Marfrig.
Este é o Banco de Desenvolvimento de todos os Brasileiros.