Carne suínas e bovinas estão mais baratas, aponta IPV
25/02/2011

Carne suínas e bovinas estão mais baratas, aponta IPV

Fazer um lanchinho light está mais caro do que fazer um churrasco. Segundo o Índice de Preços no Varejo (IPV), aferido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), em janeiro, os preços de peixes, frutas, verduras e legumes subiram enquanto o das carnes bovinas, suínas e de aves caíram. Em relação ao mês anterior, o IPV registrou incremento de 0,39%, e nos últimos 12 meses acumula alta de 4,62%.

Quem compra peixes nos supermercados notou que, em média, eles ficaram 4,19% mais caros do que no mês de dezembro. Já o preço das frutas, verduras e legumes, tiveram um incremento ainda mais significativo: 4,38%, 15,03% e 23,42%, respectivamente.

O consumidor que optou por procurar esses alimentos nas feiras também não teve uma experiência muito agradável. O preço das frutas permaneceu praticamente estável em relação ao mês anterior, apresentando ligeira variação de 0,06%. Já o preço dos legumes teve um incremento significativamente menor, de 7,45%, enquanto o das verduras anotou uma elevação ainda mais expressiva: 26,61%.

Variações que, segundo a assessoria econômica da Fecomercio, se devem às fortes chuvas e ao excesso de umidade nas regiões produtoras, o que prejudica a qualidade dos produtos in natura, reduzindo sua oferta e, portanto, pressionando os preços.

Já o consumidor menos interessado em uma alimentação saudável e mais animado com o churrasco de fim de semana teve mais motivos para se animar. Após seis meses de alta consecutiva, os açougues anotaram queda de 0,34% nos preços das carnes bovinas e de 1,31% nas carnes de aves.

As carnes suínas permaneceram com praticamente o mesmo preço, apontando variação de apenas 0,03%. Para os consumidores que costumam comprar carnes nos supermercados os números são ainda melhores: as carnes bovinas, suínas e de aves ficaram, respectivamente, 1,79%, 1,98% e 1,53% mais baratas em janeiro.

De acordo com a assessoria econômica da Fecomercio, essas variações foram motivadas por um alinhamento natural dos preços, que estavam muitos elevados. Outro fator determinante para a queda do preço das carnes foi a redução da demanda no mercado externo que, além da pressão sobre o preço, possibilitou um aumento na oferta para o mercado interno.

O IPV também registrou alta nos setores de Material de Escritório e outros (0,20%), Livraria (0,23%), Óticas (0,34%), Brinquedos (0,42%), Floriculturas (2,88%), Vestuário, Tecidos e Calçados (0,05%), Jornais e Revistas (1,73%), Relojoaria (1,20%), Material de Construção (0,37%), CDs (1,85%), Eletrodomésticos (0,76%), Padarias (0,55%), Móveis e Decoração (1,02%), Supermercados (0,22%) e Feiras (5,57%). Os únicos setores que registraram retração foram os de Açougue (0,47%), Drogaria e Perfumaria (0,31%) e Eletroeletrônicos (1,31%).