CARREFOUR CERCA CONSUMIDOR E SE DÁ BEM
18/05/2015

CARREFOUR CERCA CONSUMIDOR E SE DÁ BEM

Combinando conceitos diferentes, a bandeira Market Porte d’Italie, da França, está atendendo o cliente em suas necessidades diferentes e urgentes
“Por favor, o senhor pode escolher o melhor pedaço da carne para eu fazer um boeuf bourguignon”, pede uma senhora de cabelos branquinhos aos atendentes do açougue. “Estou procurando pelo novo álbum da Madonna”, pergunta a adolescente com a mochila escolar nas costas. “Quais peixes tem hoje para eu preparar uma bouillabaisse?”, questiona o homem ao funcionário entendido em pescados.“Qual é o preço do ingresso para o show da banda Scorpions?”, indaga a moça ao atendente da seção cultural. A propósito: boeuf bourguignon é um picadinho de carne e bouillabaisse é uma sopa elaborada com até sete tipos de pescados.
Essas cenas são corriqueiras na loja parisiense Carrefour Porte d’Italie, um formato de supermercado bem mais ambicioso do que o tradicional. Na loja de 3.500 m², a rede não vende apenas alimentos, mas todo tipo de conveniência para sua clientela, de todos os perfis. E embora esteja dentro de um shopping center, trabalha o conceito de loja de bairro, resgatando antigos valores como manter atendente no açougue para orientar os consumidores e providenciar cortes na hora. Ou seja, o supermercado, permite que o público expresse seus desejos e seja prontamente atendido.
A mistura de conveniência, loja tradicional e loja de proximidade é um dos caminhos que o Carrefour vem trilhando para se diferenciar de seus concorrentes. A loja existe desde 1975, mas passou por uma reforma em 2014 a fim de se adequar ao multimodelo e oferecer 22 mil itens de alimentos e não-alimentos.
Volta ao passado
“Hoje em Paris é cada vez mais raro ter açougues tradicionais e peixarias com atendimento ao cliente”, comenta Bruno Yeche, diretor regional da bandeira Market, da qual o Porte d’Italie faz parte. Segundo ele, desde que a loja reabriu as portas após a reforma, o açougue – que vende também produtos nobres como vitela – tem apresentado resultados positivos. “Não posso revelar números, mas as vendas neste modelo tradicional são bem mais expressivas que no autoatendimento”, revela o executivo.
No setor de peixaria, o atendimento ao cliente já acontecia antes da reforma e foi mantido. Seis funcionários estão ali para orientar o cliente na hora da compra de pescados frescos. Já a área de hortifrútis ganhou mais espaço, mais variedade, além de ares de feira, também um resgate de práticas antigas que aproximam o cliente da loja.

Por Adriana Silvestrini
Supermercado Moderno