Classe C incrementa carrinho de compras
13/04/2010

Classe C incrementa carrinho de compras

Um dos motivos para a expansão das compras é que houve uma evolução de 11% na aquisição de produtos “mainstream” e “inerciais”, ou seja, os itens de categorias que sempre têm as vendas estimuladas quando ocorre aumento da renda. Alguns componentes desse grupo são café, sabonete, desodorante e mortadela. Ainda em 2009, 7,4% dos gastos dos consumidores foram destinados para as “indulgências” - produtos que os consumidores não estavam acostumados a adquirir. As despesas com esse tipo de produto foram as que mais cresceram: a expansão foi de 27%. Foram quase R$ 470 milhões destinados apenas às compras de biscoitos, salgadinhos e chocolates finos. As informações são de um estudo da Nielsen, que ainda revela um aumento do poder aquisitivo e a ascensão social da classe C. Isso ocasionou o significante incremento na cesta de compras da baixa renda brasileira. Venda de itens saudáveis cresce 27,9% A alta foi sustentada por alimentos light, diet e funcionais. O segmento somou quase R$ 1,7 bilhão em novos gastos. Na categoria, iogurtes que têm sido destaque entre a baixa renda, os funcionais cresceram 9%. Itens práticos e com boa relação custo benefício também entraram no carrinho da classe C. A praticidade é o mais novo objeto de desejo desses consumidores e motivou 28,5% da expansão do consumo em 2009, o equivalente a R$ 1,8 bilhão em compras. Recuperação das categorias A compra de alimentos perecíveis, que havia registrado retração de 0,1% ao longo de 2008, recuperou-se fortemente e teve alta de 6,5%. Todas as categorias de produtos que haviam registrado retração nas vendas em 2008 voltaram para o carrinho da dona de casa. Houve alta nas compras de higiene, saúde e beleza (2,5%) e limpeza caseira (3,8%). Ainda segundo o estudo da Nielsen, em 2009, 159 categorias de produtos tiveram alta nas compras de 2,2% em relação a 2008. No ano passado, o aumento foi de 0,8%. Para 2010, a previsão de desempenho para a cesta Nielsen é que haverá um crescimento entre 4% e 6% no volume das vendas e de 6% a 8% em faturamento real.