Com campanha educativa, RS busca redução
07/07/2012

Com campanha educativa, RS busca redução

Enquanto as sacolas plásticas voltam a ser distribuídas, após decisão judicial, pelos supermercados de São Paulo, o varejo gaúcho busca a construção coletiva de uma solução que não prejudique os consumidores e que diminua os danos ao meio ambiente.

Nesta segunda-feira (2), a Agas, o Ministério Público do Estado e a Fecomércio-RS assinaram um termo de cooperação que deflagrou a campanha educativa Sacola bem utilizada ajuda o meio ambiente. Com a iniciativa, uma série de ações voltadas ao uso consciente e à redução do consumo das sacolas plásticas projeta poupar 300 milhões de unidades, em seis meses, no varejo gaúcho.

A decisão de não eliminar imediatamente as sacolas do comércio foi construída a partir de debates, seminários, pesquisas e reuniões promovidos pelas entidades nos últimos dois anos. "Em 2011, uma pesquisa do Instituto Segmento apontou que 81% dos gaúchos eram contrários ao fim imediato das sacolas. Este posicionamento foi endossado pelo Movimento das Donas de Casa do RS e por diversos estudos de opinião levantados no período, e por isso propusemos a diminuição gradativa no uso deste material", destaca o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo. Mesmo reconhecendo como válida a intenção da Associação Paulista de Supermercados (Apas) ao eliminar as sacolas plásticas do varejo paulista, Longo afirma que, se o RS adotasse a mesma medida, cada família gaúcha seria onerada, em média, em R$ 15 mensais para a aquisição de sacos plásticos de lixo. "Na prática, estaríamos somente transferindo a conta para o consumidor e trocando a cor do saco de lixo, de branco para azul ou preto, sem qualquer benefício ao meio ambiente", opina.