Em um hambúrguer congelado, a variação de preços chegou a 164% na cidade de Porto Alegre (RS). Um dos motivos principais são as promoções mais agressivas
A crise econômica levou a a chamada dispersão de preços entre supermercados a se acentuar. A dispersão é a medida da variação do valor de um mesmo produto nas diferentes lojas. A constatação foi feita numa pesquisa anual da associação Proteste, que levantou preços de 104 produtos em 1.258 lojas espalhadas por 20 cidades em 13 estados, além do Distrito Federal.
Um exemplo dessa dispersão foi o preço de um hambúguer congelado bovinho, cuja diferença chegou a 164% entre o preço máximo e mínimo na cidade de Porto Alegre (RS). Outra constatação foi feita envolvendo uma cesta de produtos. Em uma mesma avenida da zona leste paulistana identificou-se uma dispersão de 22% entre duas lojas.
Sussumu Honda, presidente do conselho consultivo da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), explica que, em épocas de alta inflação, a diferença de preço de um mesmo produto em lojas diferentes aumenta devido às negociações realizadas pelas empresas. As grandes redes, principalmente, têm maior poder de barganha pelo fato de comprarem grandes volume. Outra explicação para a grande dispersão são as promoções mais agressivas, que se tornam mais frequentes.
Economia para o consumidor
O estudo do Proteste também identificou quanto o brasileiro economizaria em um ano se pesquisasse todos os meses os preços da cesta de compras. Se agisse dessa maneira, o consumidor conseguiria poupar cerca de R$ 2 mil anualmente - o preço de smartphone 4 G. Das 20 cidades analisadas, o Rio de Janeiro foi a que apresentou maior chances de economia. Em 12 meses, o valor poderia chegar a R$ 2.119,43. Florianópolis e São Paulo ficam atrás com R$ 1.747,27 e R$ 1.703,93 respectivamente.
Por:Redação SM
