Estreantes. A conquista da gôndola
16/07/2010

Estreantes. A conquista da gôndola

Elas mal chegaram aos supermercados e já figuram entre as preferidas do auto-serviço. Saibam quais são as marcas estreantes no ranking e veja que ações foram feitas para elas figurarem na 38ª Pesquisa de Reconhecimento de Marcas. Um supermercado de médio porte pode acrescentar mais de 200 produtos novos por mês em suas gôndolas. Para isso, outros itens precisam ser retirados e assim constrói- se o sortimento ideal. Mas o que entra e o que fica de fora? Difícil decidir, pois a cada ano os hábitos de consumo se renovam e os fabricantes inundam as lojas com centenas de lançamentos na tentativa de agradar os clientes. Analisando as marcas estreantes na 38ª Pesquisa de Reconhecimento de Marcas feita por SM, é possível entender mais sobre como produtos com pouco tempo de circulação no mercado já conquistaram o gosto dos clientes e a confiança do auto-serviço. Entre os estreantes bem-sucedidos estão produtos novos, mas com respaldo de marcas tradicionais. É o caso dos cinco primeiros: água mineral Bonafont (Danone), empanado de frango Batavo, leite fermentado Vigor, queijo ralado Renata (Selmi) e bebida de soja Veg (Perdigão). Mas não é só isso que expli- ca o bom desempenho logo na estréia. Segundo Júlio Moreira, professor de Branding da Pós- Graduação da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), os produtos devem ter um diferencial. “O fabricante precisa criar uma história diferente para sua marca”, afirma. Bonafont é um exemplo. “A fabricante pegou o insumo mais comum no mundo (água) e deu um novo atributo, comunicando que o líquido ajuda a limpar o organismo”, explica. “É uma ação que dá outra característica ao que é vendido. Quando você pensa em Bonafont não pensa só em água Ficar só na comunicação com o cliente também não basta. Moreira explica que a base para a construção de uma marca deve englobar um ótimo relacionamento com o canal de vendas. “O ideal é oferecer degustações, abordagens e promoções para que seja um investimento em parceria”, afirma. O professor ressalta que muitos fabricantes “arremessam” itens no mercado. Estão fadados ao esquecimento, afinal o varejista não investe em produto cujo fornecedor não ajuda a impulsionar o giro. Mas há quem execute isso muito bem. O resultado é lugar cativo nas prateleiras e na memória dos supermercadistas.