Homens deixam de “apenas” empurrar carrinhos no supermercado
15/10/2010

Homens deixam de “apenas” empurrar carrinhos no supermercado

Antigamente, mulheres carregavam seus maridos e filhos aos supermercados para que eles conduzissem o carrinho durante as compras. Enquanto elas se atentavam aos centavos de diferença no preço de um produto e de outro, eles reclamavam ou vasculhavam por itens mais caros, como vinhos e queijos. No fim, a conta ia lá em cima. Mas isso é passado. Se em 1998, 16% faziam as compras para casa, hoje eles representam 32% do público de supermercados. “O fato de a mulher estar no mercado de trabalho fez com que as tarefas de casa fossem divididas”, explica Chan Wook Min, presidente do Popai Brasil, associação internacional voltada ao marketing no varejo. A entidade apresentou nesta quarta-feira (06/10) um estudo sobre o comportamento dos consumidores em super e hipermercados. Cerca de 76% das compras são decididas no ponto de venda, apesar do planejamento prévio apontado pelo estudo. A pesquisa revela que a maior parte dos consumidores vai às lojas decidida sobre a quantidade de itens que vai comprar (em média, 3,5 itens). Arroz (44%), sabão em pó e carnes (42%), refrigerantes, frutas e café (40%) são os itens que os clientes mais planejam comprar. Salgadinhos (83%), cereais matinais (81%) e vestuário (80%) são compras decididas na hora. O resultado é que, mesmo fazendo uma lista prévia, os clientes saem das lojas com 7,9 produtos na sacola (125% a mais). O levantamento, encomendado ao Ibope, está em sua terceira edição e foi feito com 1860 clientes de todas as classes sociais durante a entrada ou saída de 62 lojas. A pesquisa reflete o cenário de nove grandes cidades brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Campinas e Ribeirão Preto.