Mesmo com crise econômica, retração no consumo foi menos intensa do que ocorrida no mesmo período de 2015
08/07/2016

Mesmo com crise econômica, retração no consumo foi menos intensa do que ocorrida no mesmo período de 2015

Os alimentos e bebidas foram os responsáveis por puxar para cima o consumo no primeiro trimestre deste ano. O ticket médio das cestas teve variação positiva de, respectivamente, 10% e 6%. Os itens mais escolhidos no período, de acordo com o índice CRP (penetração versus frequência de compra), foram molho para salada, creme de leite e cream cheese. Entre as bebidas, suco congelado, leite fermentado e cerveja. Já os que mais deixaram de entrar nos carrinhos dos brasileiros estão petit suisse, lanche pronto e óleos especiais, bebida à base de soja, cappuccino e suco pronto. Os dados são do estudo Consumer Insights, elaborado pela Kantar Worldpanel.
O levantamento confirma que o consumidor, cada vez mais, deixa de lado as saídas para lanchonetes, restaurantes e bares e passa a consumir mais dentro de casa. A população tem apostado em categorias que servem de base para o preparo de pratos. No primeiro trimestre de 2016, ingredientes como chocolate culinário, farinha de trigo, margarina, creme de leite e leite condensado registram aumento em unidades.
O Consumer Insights evela ainda que os brasileiros estão consumindo cada vez mais itens zero lactose. A penetração desse tipo de produto em março de 2014 era de 5%, no mesmo período de 2015 foi a 7%. Neste ano, o índice chegou a 12%. No total, mais de três milhões de lares compraram o segmento em 2016 (leite, iogurte, creme de leite e leite condensado).
Mesmo em meio às incertezas econômicas que impactam o País, a pesquisa mostra que a retração no consumo no primeiro trimestre de 2016 foi menos intensa do que a ocorrida no mesmo período de 2015. De acordo com o estudo, os brasileiros reduziram a frequência de compra de maneira não tão agressiva como no passado (1,7%), ao mesmo tempo em que o volume por viagem registrou ligeiro crescimento (0,4%). A classe C passou a contribuir positivamente em volume (C1 com 0,3% e C2 com 0,4%), enquanto a queda de frequência se concentrou na D/E, com menos 1 visita no trimestre.

fonte SM