Por que ainda vale a pena utilizar cheque?
05/10/2011

Por que ainda vale a pena utilizar cheque?

Há quem ainda prefira o bom e conhecido cheque na hora de pagar suas compras, principalmente para as pessoas de baixa renda, que na maioria das vezes não possui outra forma de pagamento para efetuar grandes parcelamentos de compras. “Temos mais de 141 milhões de contas correntes em operação. Para o consumidor o cheque proporciona um enorme potencial de consumo e para o comércio um grande aumento nas vendas”, explica Antônio Praxedes, presidente da Telecheque.
Facilidade e flexibilidade também são fortes aliados do cliente na hora da escolha desta forma de pagamento. De acordo com o Banco Central, em 2010 o valor médio de uma transação de cheque foi de R$ 1.600,00 contra R$ 99,00 do cartão de crédito. Do total dos valores transacionados, Praxedes afirma que o cheque representou R$ 2,7 trilhões de reais contra R$ 328 bilhões do cartão de crédito. Ou seja, as operações em cheques, se analisadas do ponto de vista financeiro são bem superiores. No que se refere aos cheques pré-datados então, este montante foi de R$ 2,1 trilhões de reais.
Mas e a inadimplência, a quantas anda? Segundo Praxedes, os riscos são baixos quando analisados do ponto de vista de valores operados. “O risco bruto de nossa companhia, que envolve mais de 400 ramos, foi de 2,6% para atrasos superiores a 1 dia, e de 1,2% após 90 dias, em 2010. Esses percentuais são extremamente baixos, quando comparados com os custos de acesso a outros instrumentos de crédito”, esclarece.
Por outro lado ele ressalta que para ter índices baixos e evitar fraudes nesse instrumento de crédito é necessário contratar e adquirir ferramentas e serviços que proporcionem segurança no momento de uma operação.
Outras novidades
De acordo com uma pesquisa realizada pela TeleCheque®, em 2010 o consumidor teve o cheque como um instrumento de crédito facilitador da conquista de seus sonhos mais concretos nas áreas de educação, saúde ou bens ligados ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que possuem maior valor agregado. Portanto, não é à toa que uma transação média com cheque chega a custar R$ 1.600,00.
Diante desse cenário, o Supremo Tribunal reconheceu durante julgamento que o cheque é uma modalidade de crédito no Brasil e que portanto, qualquer depósito realizado antes da data acordada entre o consumidor e o comerciante garantem ao primeiro uma ação de indenização por danos morais.
Agora, a decisão de aceitar ou não esses pagamentos em cheques vai depender da empresa ou do comerciante. Mas, cá para nós, abrir mão do recebimento de cheque pode significar abrir mão de uma parte da capacidade de endividamento de um cliente em potencial. “De todos esses instrumentos de crédito disponibilizados pelo mercado financeiro, o cheque é o de menor custo, quando olhado pela perspectiva dos custos de financiamentos envolvidos, inclusive nas renegociações de dívidas quando forem necessárias”, explica Praxedes.
Em meio a esses detalhes, o presidente destaca que sem dúvida a resolução 3972, implantada em abril pelo Banco Central, dispondo de informações sobre cheques, devolução e oposição de pagamento, traz “inovações e regras que vão dar mais segurança, agilidade e normatização sobre este instrumento de crédito, além de reduzir de forma substancial os riscos, principalmente de fraudes”.
Até abril de 2012 todas as demais implantações nesse sentido deverão entrar em vigor. “Isso nos mostra um cenário bastante positivo para os próximos meses e anos nas operações de crédito realizadas através do cheque pré-datado”, conclui Praxedes.
Pesquisa: Gestão Informativo-Orus
Fonte: No Varejo