Redes sociais fazem nascer um novo varejo
22/10/2010

Redes sociais fazem nascer um novo varejo

Imagine receber um tweet toda vez que a padaria perto da sua casa produzir uma fornada de pão quentinho? Você saberia a hora certa de ir comprar pão e o dono da padaria teria consumidores mais satisfeitos. Essa é a realidade de uma padaria londrina. Uma ferramenta que extrai informação para um aplicativo foi instalada no forno que tuita automaticamente sempre que o pão está pronto. Esse e outros cases criativos utilizando as mídias sociais foram apresentados por Bruno Alves, diretor de web 2.0 da Plusoft e sócio da Dialeto Mídia Social. “Estamos na era da internet das coisas, ou seja, a conexão dos objetos e produtos com as mídias sociais”, afirma. Para que essa conexão ocorra de forma dinâmica, diversos aplicativos para celulares estão sendo testados e utilizados em todo o mundo. “Por meio da câmera de seu celular e com o aplicativo certo, já é possível acessar conteúdos específicos para as redes sociais”, revela. Outra forte tendência que também está atingindo as mídias sociais é o uso de QR Codes, imagens que por meio da realidade aumentada dão acesso a conteúdos exclusivos. “Agora, as imagens do QR Codes não são mais aquelas pixelizadas e tem definição suficiente para comunicar algo por si só”, conta. Por meio da realidade aumentada, muitos anúncios ao serem visualizados pelo celular trazem informações adicionais sobre o produto na tela. Novidades em aplicativos para mobile Segundo Alves já existem aplicativos que mapeiam as ruas de Nova Iorque e, ao ativar a câmera do celular, eles mostram, por exemplo, quais são as estações de metrô ao redor e qual linha está passando embaixo de determinada rua. Outro aplicativo traz informações sobre as lojas com um diferencial: ele busca na internet conteúdo colaborativo, ou seja, o que as pessoas estão falando sobre aquele estabelecimento nas redes sociais. Um novo aplicativo do Google apresentado pelo executivo, identifica a imagem que a câmera do celular está visualizando e mostra todas as menções no Google sobre aquela imagem. Há uma outra ferramenta que segue a linha do ‘taguiamento’ (tag) de imagens utilizado nas redes sociais como Orkut e Facebook. “Você pode escolher quais informações quer adicionar a um objeto ou pessoa toda a vez que o aplicativo estiver rodando em seu celular”, explica Alves. Já o Placecast funciona com um cadastramento prévio sobre quais ofertas você quer receber e de quais lojas. Assim, ao andar pela rua com o GPS ativado no celular, o aplicativo dispara SMS com ofertas de acordo com o seu perfil. Outro disponibiliza informações sobre casas e locais fechados por meio de conexão com a base de dados que revela, por exemplo, quais foram as últimas aquisições daquele domicílio. “Fica aqui a questão sobre até que ponto esses aplicativos que buscam informações na internet podem invadir a privacidade do consumidor”, pondera Alves. O futuro é agora Segundo o diretor de web 2.0 da Plusoft, vivemos em um momento intenso de valorização do relacionamento com o consumidor.“Pensar em campanhas na mídia social é uma necessidade. As empresas precisam atender ao consumidor onde ele está não esperando que ele venha a nós”, explica. Para que esse relacionamento aconteça o primeiro passo está no monitoramento das redes sócias. “Em seguida, é necessário promover uma análise para entender as oportunidades e riscos”, aconselha. Há diferentes formas de interação, Orkut, Twitter, Facebook. Compreender como o consumidor se comporta em cada uma delas é primordial. “O Orkut, por exemplo, é um banco riquíssimo de insights dos consumidores. Nele há a expressão natural de opinião por meio dos fóruns de discussões”, opina. Ao perceber que o consumidor de determinado serviço ou produto está presente no Twitter, a empresa precisa se fazer presente lá também.“Nesse momento é importante separar a parte de atendimento e relacionamento com o cliente do perfil do Twitter para ações de Marketing, por exemplo”, afirma. “Dentro das mídias sociais, estará na frente quem gerar mais relacionamento e experiência com os consumidores que querem cada vez mais compartilhar a experiência com produtos e serviços com outras pessoas”, revela. Bruno acredita que cuidas de redes sociais não é função de apenas uma área da empresa. “É preciso ter um joint-venture para atender ao consumidor”, ressalta. O e-commmerce também está presente nas mídias sociais como as Storefront’s anunciadas para o Facebook que alterará o modo como o e-consumidor compra e interage com as marcas. Já no Twitter americano, algumas marcas já conseguem comprar os Trend Topic’s, como a Nike fez recentemente durante os jogos da seleção americana de futebol. “Todos precisam pensar em maneiras de atuar de forma diferenciada nas redes sociais”, finaliza